“ Nasci dentro de uma religião pentecostal, mas tive a infelicidade de ser doutrinado pelos meus pais no protestantismo, entre nove irmãos. Ainda criança, já me via diferente dos outros, sem entender nada, quando na adolescência meu jeito delicado já não escondia minha sexualidade.

Foi aí que começou a tortura psicológica, física e moral para um ser em desenvolvimento. Tudo era o diabo, e tinha que fazer as sessões de exorcismo, o que nada adiantou. Tentei suicídio e mais sessões que só pioravam o meu estado, até que fui acolhido por uma psicóloga que me deu o tratamento que eu realmente precisava, e me senti pela primeira vez acolhido e não julgado.”